Autor: Jonatas Dornelles
Para muitos casais, a melhor maneira de conduzir um relacionamento sexual é quando o homem considera as carícias preliminares como a primeira parte da penetração. A meta deveria ser induzir um ou vários orgasmos e depois o homem perder todo o controle consciente e se deixar levar pelas suas próprias sensações. A paixão dele pode provocar mais orgasmos na mulher. E se um desses coincidir com o seu próprio orgasmo, melhor ainda!
No entanto, gera muita ansiedade colocar como meta um orgasmo simultâneo.
As carícias preliminares, que recebem muita atenção nos manuais sexuais, são uma atividade mais pessoal e mais variável do que a penetração da vagina. Alguns homens, que tendem a ficar superexcitados e a ejacular rapidamente, podem querer evitar ou minimizar essas carícias.
Algumas mulheres não gostam delas devido a inibições induzidas a respeito da impropriedade de tocar e ser tocada. Algumas pensam que o pênis dentro da vagina é um dever necessário. Algumas mulheres desejam atingir rapidamente a fase da penetração. Em outras situações, o parceiro é tão pouco hábil, que esta fase pode ser totalmente omitida.
Faz parte das carícias preliminares toda atividade que preceda a penetração, e que aumente o prazer que o casal tem com o ato. Quando ambos consideram excitantes atividades similares ou complementares, a situação é ideal. Elementos orais, tais como beijos, lambidas, mordidas ou chupadas em qualquer área, incluindo a área genital, são componentes das preliminares para a maioria das pessoas.
Olhar, mostrar e tocar também fazem parte dessas preliminares. Pode-se dizer, que a própria penetração sexual é apenas uma maneira mais elaborada de as pessoas se tocarem. Conversas e brincadeiras amorosas e românticas são essenciais para muitas pessoas, principalmente no início de um relacionamento. Sua incorporação constante não apenas às carícias preliminares, mas à vida geral do casal, favorece o aparecimento de mais ocasiões nas quais um relacionamento sexual é desejado por ambos.
A relação sexual deveria emergir de uma situação contínua e generalizada de afeto, de toques e de sentimentos que possam ser transmitidos e aceitos, sem necessariamente implicar uma obrigação imediata de ir para a cama. Muitas mulheres se queixam, dizendo que seus parceiros não lhes dão atenção nem mostram afeto a não ser quando desejam manter relações sexuais. É perfeitamente compreensível que tais mulheres não se mostrem muito entusiasmadas.
Alguns homens e mulheres temem o ato sexual em si e passam a se dedicar mais às atividades preliminares, como o sexo oral ou a masturbação mútua, que podem vir a substituir a relação propriamente dita. Ainda que muitos contestem, é bastante razoável considerar essas pessoas sexualmente imaturas.
Alguns homens são extremamente ciumentos de suas mulheres num sentido sexual, sem no entanto valorizá-las muito nesse aspecto. Freqüentemente esses homens gostam de se masturbar. Isso, obviamente, é resultado de um medo inibidor diante do ato sexual propriamente dito.
As carícias preliminares permitem que ambos os parceiros tenham a oportunidade de atingir um máximo de prazer erótico e sensual antes da penetração. Nenhum tabu social ou cultural deveria restringir essa fase estimulante e agradável do relacionamento sexual.
http://www.artigonal.com/sexualidade-artigos/as-caricias-preliminares-3259679.html
Perfil do Autor
Jonatas Dornelles é Doutor em Antropologia Social e pesquisador dos temas de sociabilidade virtual, internet, consumo, cultura, cibercultura, comunidades virtuais e pesquisa de marketing. Mais informações em seu site pessoal: http://jonatasdornelles.wordpress.com/
Nenhum comentário:
Postar um comentário