Quando se é traído, além da tristeza, você tem de tomar uma decisão: perdoar ou revidar? Embora seja trágico, diante da traição é necessário refletir sobre o contexto em que se deu a infidelidade. Bem como a própria responsabilidade para que aquilo ocorresse.
Não basta sentir-se vítima, ou olhar a traição de um único ponto de vista, como se ela fosse um ato isolado e sem conexão com o modo como o casal está se relacionando.
Identidade complementar
As pessoas desempenham vários papéis, somos esposas, maridos, filhos, amantes, pais, mães. Para cada papel há um complemento, isto é, só poderei ser mãe se alguém me identificar como a "sua mãe". Necessito, portanto de um filho, filha, ou alguém que se encaixe emocionalmente nessa função. Alguém quem eu possa cuidar, amar, controlar – meu estilo de maternagem dependerá de como aprendi, com minha própria mãe, a ser mãe.
Da mesma forma, para alguém ser "infiel", deverá haver quem aceita ser "amante" e outra pessoa que seja a "vítima enganada". Entretanto, nem sempre o casal tem consciência disso e seu comportamento sexual e afetivo acaba reforçando esses papéis estereotipados.
Para que um padrão de comportamento nocivo seja quebrado é fundamental que as pessoas tomem consciência dele e assumam o compromisso de modificá-lo.
Vítima e carrasco
Mas muitos insistem em continuar no papel de vítima, acusando o outro por todas as coisas ruins do relacionamento.
Por exemplo, um homem pode ter assimilado que com a esposa não deve fazer sexo de uma determinada maneira, então ele "se sente obrigado" a procurar garotas de programa para sentir sensações que jamais se permitiria com sua mulher.
Sendo assim, quando ele procurar alguém para se casar, buscará uma mulher que se encaixe num dado modelo e que pactue do mesmo padrão de pensamento, ou seja, que não goste de variações sexuais.
Esse padrão de comportamento é nocivo e autoritário, pois se a mulher tiver pensamentos diferentes, ele não perguntará se ela deseja, tem coragem ou gostaria de experimentar sexo de um modo diferente, apenas "pensará" que é assim que as coisas devem ser e imputará isso a ela.
De outra forma, se ele conseguir uma mulher que pense exatamente igual a si, ou seja, que rejeita o sexo como função natural e que se submete apenas por desejar ser mãe, haverá sempre um ar de infelicidade em torno do ato sexual. Aqui há o agravante dela não se permitir descobrir o próprio corpo e desejo.
Além disso, ela viverá um terrível paradoxo, pois ao mesmo tempo em que não deseja o sexo – e, no fundo, se sentir aliviada por ele deixar de procurá-la – sofre com a humilhação provocada pela traição. O mesmo conflito é experimentado por homens com impotência eretiva.
Sexo, dentro e fora de casa
A harmonia conjugal e o amor não asseguram a normalidade sexual, casais que se amam também passam por dificuldades sexuais. O sexo muitas vezes é usado como moeda de troca em negociações – sutis ou nem tanto – em torno da manutenção do controle da relação.
Uma pessoa pode – ou não – fazer sexo para alcançar os mais diversos objetivos: dar e receber prazer, reparar um dano, apaziguar o mal humor, evitar discutir a relação e até usar o sexo – ou sua falta – para humilhar e controlar o outro.
E há também aqueles que tentam no início do casamento manter-se ligado somente ao cônjuge, mas o passar do tempo e as pequenas mazelas do dia-a-dia fazem-nos perder o interesse e usam a rotina – ou o corpo do outro – para justificar seu desinteresse sexual. Passam a preferir as facilidades do sexo fora de casa, em troca de dinheiro e sem compromisso, isso indica que têm sérias dificuldades para estabelecer intimidade emocional e se entregar a uma relação amorosa.
Há, ainda, as pessoas que não conseguem se vincular e assumir compromisso e preferem "ficar" trocando de parceiros constantemente ou ter mais de um parceiro ao mesmo tempo.
Começar de Novo é possível
É preciso salientar que, embora a liberdade sexual nos tenha beneficiado, sua banalização termina por trazer mais frustração que prazer, pois no fundo, todos queremos amar, ser amados e fazer amor com amor.
Quase todos buscam a intimidade emocional, além da sexual, mas nem sempre têm coragem de admitir isso ou de se entregar a ela, quando a oportunidade surge.
Também vale lembrar: não se pode exigir do outro que se comprometa com o relacionamento, nem que seja fiel compulsoriamente. Não existe fidelidade compulsória e uma certidão de casamento não é garantia de nada. Infelizmente.
Para que um relacionamento seja satisfatório é importante desenvolver a capacidade de entrega e a confiança; cultivar a intimidade física e emocional; aumentar a interdependência, que desperta o interesse e a alegria do outro com quem se compartilha a vida. Essas características podem ser exploradas e desenvolvidas através de grupos de movimento expressivo para casais e pessoas que estão procurando um relacionamento estável.
O grupo Começar de Novo objetiva a compreensão sistêmica da vida de casal. Nele, é possível melhorar a expressividade, recuperar o diálogo e o toque que visam a resolução criativa de conflitos e sintomas de crises no relacionamento. Inscreva-se através do
.
Retrieved from "http://www.artigonal.com/relacionamentos-artigos/traicao-ou-fidelidade-compulsoria-2020548.html"
Quando se é traído, além da tristeza, você tem de tomar uma decisão: perdoar ou revidar? Embora seja trágico, diante da traição é necessário refletir sobre o contexto em que se deu a infidelidade. Bem como a própria responsabilidade para que aquilo ocorresse.
Não basta sentir-se vítima, ou olhar a traição de um único ponto de vista, como se ela fosse um ato isolado e sem conexão com o modo como o casal está se relacionando.
Identidade complementar
As pessoas desempenham vários papéis, somos esposas, maridos, filhos, amantes, pais, mães. Para cada papel há um complemento, isto é, só poderei ser mãe se alguém me identificar como a "sua mãe". Necessito, portanto de um filho, filha, ou alguém que se encaixe emocionalmente nessa função. Alguém quem eu possa cuidar, amar, controlar – meu estilo de maternagem dependerá de como aprendi, com minha própria mãe, a ser mãe.
Da mesma forma, para alguém ser "infiel", deverá haver quem aceita ser "amante" e outra pessoa que seja a "vítima enganada". Entretanto, nem sempre o casal tem consciência disso e seu comportamento sexual e afetivo acaba reforçando esses papéis estereotipados.
Para que um padrão de comportamento nocivo seja quebrado é fundamental que as pessoas tomem consciência dele e assumam o compromisso de modificá-lo.
Vítima e carrasco
Mas muitos insistem em continuar no papel de vítima, acusando o outro por todas as coisas ruins do relacionamento.
Por exemplo, um homem pode ter assimilado que com a esposa não deve fazer sexo de uma determinada maneira, então ele "se sente obrigado" a procurar garotas de programa para sentir sensações que jamais se permitiria com sua mulher.
Sendo assim, quando ele procurar alguém para se casar, buscará uma mulher que se encaixe num dado modelo e que pactue do mesmo padrão de pensamento, ou seja, que não goste de variações sexuais.
Esse padrão de comportamento é nocivo e autoritário, pois se a mulher tiver pensamentos diferentes, ele não perguntará se ela deseja, tem coragem ou gostaria de experimentar sexo de um modo diferente, apenas "pensará" que é assim que as coisas devem ser e imputará isso a ela.
De outra forma, se ele conseguir uma mulher que pense exatamente igual a si, ou seja, que rejeita o sexo como função natural e que se submete apenas por desejar ser mãe, haverá sempre um ar de infelicidade em torno do ato sexual. Aqui há o agravante dela não se permitir descobrir o próprio corpo e desejo.
Além disso, ela viverá um terrível paradoxo, pois ao mesmo tempo em que não deseja o sexo – e, no fundo, se sentir aliviada por ele deixar de procurá-la – sofre com a humilhação provocada pela traição. O mesmo conflito é experimentado por homens com impotência eretiva.
Sexo, dentro e fora de casa
A harmonia conjugal e o amor não asseguram a normalidade sexual, casais que se amam também passam por dificuldades sexuais. O sexo muitas vezes é usado como moeda de troca em negociações – sutis ou nem tanto – em torno da manutenção do controle da relação.
Uma pessoa pode – ou não – fazer sexo para alcançar os mais diversos objetivos: dar e receber prazer, reparar um dano, apaziguar o mal humor, evitar discutir a relação e até usar o sexo – ou sua falta – para humilhar e controlar o outro.
E há também aqueles que tentam no início do casamento manter-se ligado somente ao cônjuge, mas o passar do tempo e as pequenas mazelas do dia-a-dia fazem-nos perder o interesse e usam a rotina – ou o corpo do outro – para justificar seu desinteresse sexual. Passam a preferir as facilidades do sexo fora de casa, em troca de dinheiro e sem compromisso, isso indica que têm sérias dificuldades para estabelecer intimidade emocional e se entregar a uma relação amorosa.
Há, ainda, as pessoas que não conseguem se vincular e assumir compromisso e preferem "ficar" trocando de parceiros constantemente ou ter mais de um parceiro ao mesmo tempo.
Começar de Novo é possível
É preciso salientar que, embora a liberdade sexual nos tenha beneficiado, sua banalização termina por trazer mais frustração que prazer, pois no fundo, todos queremos amar, ser amados e fazer amor com amor.
Quase todos buscam a intimidade emocional, além da sexual, mas nem sempre têm coragem de admitir isso ou de se entregar a ela, quando a oportunidade surge.
Também vale lembrar: não se pode exigir do outro que se comprometa com o relacionamento, nem que seja fiel compulsoriamente. Não existe fidelidade compulsória e uma certidão de casamento não é garantia de nada. Infelizmente.
Para que um relacionamento seja satisfatório é importante desenvolver a capacidade de entrega e a confiança; cultivar a intimidade física e emocional; aumentar a interdependência, que desperta o interesse e a alegria do outro com quem se compartilha a vida. Essas características podem ser exploradas e desenvolvidas através de grupos de movimento expressivo para casais e pessoas que estão procurando um relacionamento estável.
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Sueli Nascimento - Perfil do Autor:
Analista reichiana. Consultora Associada da FLUIR Desenvolvimento Social e Humano. www.orgonoterapia.blogspot.com
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Amor é um fogo que arde sem se ver, é ferida que dói, e não se sente; é um contentamento descontente, é dor que desatina sem doer.É um não querer mais que bem querer; é um andar solitário entre a gente; é nunca contentar se de contente; é um cuidar que ganha em se perder.É querer estar preso por vontade; é servir a quem vence, o vencedor; é ter com quem nos mata, lealdade.Mas como causar pode seu favor nos corações humanos amizade, se tão contrário a si é o mesmo Amor? Luis de Camões
Amor Felíz
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Simpatias, magias de sedução, receita de perfumes, dicas de estérica, astrologia, cartomancia e muito mais.
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PRECISAMOS DISPOR DE RECURSOS PLURAIS.
POR ISSO AQUI VOCÊ ENCONTRA TEXTOS SOBRE AMOR E AUTOESTIMA, BANHOS DE ATRAÇÃO, MAGIAS,
TERAPIAS ALTERNATIVAS, ESTÉTICA, E MUITO
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