domingo, 7 de novembro de 2010

Casamento é para sempre?

Casamento é para sempre(?)

Por: Sueli Nascimento
A ciência, principalmente a que foi desenvolvida no século XIX, caracterizou-se por tentar explicar os fenômenos observáveis reduzindo suas partes e estudando-as isoladamente.
Entretanto nem todos os sistemas na natureza são fechados. Casamento, por exemplo, é um sistema aberto. Numa crise de relacionamento, a estrutura interna de cada uma das pessoas, considerada isoladamente, torna-se irrelevante. Mais interessante é o que ocorre entre os dois.
Casamento é para sempre(?)
A tendência é responder sim. A meta buscada – quando alguém resolve se casar - é a manutenção do vínculo amoroso e o crescimento psicossocial. Para isso ambos se adaptam, constantemente, às exigências das diversas fases do relacionamento.
Mas, às vezes, ocorrem crises e é necessário ajuda profissional para atravessá-la. Terapeutas não são juizes que emitem sentenças, tampouco são aliados ou defensores de regras e costumes. A intervenção é voltada para uma solução, baseada na análise sistêmica dos problemas reais e na ativação das valências positivas e de autocura que o casal possui.
"Crise de casal" é percebida de maneira diferente, dependendo da pessoa
1- Ela pode desencadear a "retroalimentação negativa". Isto é, um dos dois, ou ambos, luta para manter a estabilidade guiando-se por algumas regras comportamentais – suas e/ou do outro - cuja função é manter o relacionamento a todo custo. O que pode ser o primeiro sinal de patologia, justamente pelo excesso de rigidez na relação.
2- A crise pode desencadear uma "retroalimentação positiva", ou seja, o casal percebe que as regras precisam mudar com o passar do tempo, pois o que antes era estimulante e prazeroso, agora desmotiva e cansa.
Através de tentativas e erros, experimenta o que é e o que não é permitido na relação. A capacidade de transformação ajuda a adaptar-se às mudanças do meio. O efeito é que as pessoas que compõem o casal amadurecem e fortalecem o pacto amoroso.
Entra em cena a(o) outra(o)
Ocorre que as pessoas não são objetos. Não permanecem passivas ou insensíveis aos estímulos externos. Todos os dias, gente bonita e atraente desfila diante de maridos e esposas com seus perfumes, corpos e conversas interessantes.
A curiosidade pelo desconhecido modifica alguns processos internos e exige que a pessoa resista, diga não às escapadas sexuais e evite infringir uma das regras básicas do relacionamento de casal: a fidelidade.
O pacto amoroso de fidelidade é mantido enquanto houver compensações psicológicas, emocionais, sexuais etc. Assim, todos os dias, homens e mulheres reformulam, reciclam e nutrem seus conceitos e comportamentos sobre o relacionamento. Tais reflexões ajudam a perceber a importância da vida compartilhada e podem ser um freio eficaz à traição.
Liberdade não rima com libertinagem
Os comportamentos do casal não são independentes, livres ou aleatórios, eles se inter-relacionam mutuamente e são padronizados conforme o pacto estabelecido entre si.
Os graus de liberdade individual de pessoas comprometidas variam em razão da qualidade da interdependência entre elas. Quanto mais respeito e confiança, maior será a capacidade de desfrutar de liberdade na vida social, sem colocar a relação em risco.
Por isso, quando surgirem os primeiros sinais de tédio no relacionamento é esperado que o casal reavalie a necessidade de mais liberdade individual. Mas o "vale balada" não pode ser encarado como oportunidade de variar o cardápio sexual.
Sistemas abertos interagem com outros sistemas
As reações do casal condicionam e são condicionadas por normas e valores do grupo em que está inserido. Dito de outra maneira, o modo como uma sociedade aceita ou não os comportamentos de infidelidade influenciam algumas tomadas de decisão, ainda que a pessoa não se dê conta disso.
Muitas pessoas traem, porque ouvem que "casamento é uma instituição falida" ou que "já que todos traem", isso não gera prejuízo se não for descoberto.
Isso é de um embrutecimento intelectual tão absurdo quanto a supremacia da virgindade no século passado. Fundamental é desenvolver os próprios pensamentos sobre amor e sexo.
Boas reflexões surgem de mentes e corpos com couraças flexíveis. Você pode flexibilizar suas couraças através de Grupos de Movimento de Vegetoterapia. Entre em contato e agende sua participação: http://orgonoterapia.blogspot.com/search?updated-max=2010-05-15T14:06:00-07:00&max;-results=1.
Perfil do Autor
Analista reichiana. Consultora Associada da FLUIR Desenvolvimento Humano. www.orgonoterapia.blogspot.com
(Artigonal SC #3205143)
Fonte do Artigo - http://www.artigonal.com/psicoterapia-artigos/casamento-e-para-sempre-3205143.html

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Amor é um fogo que arde sem se ver, é ferida que dói, e não se sente; é um contentamento descontente, é dor que desatina sem doer.É um não querer mais que bem querer; é um andar solitário entre a gente; é nunca contentar se de contente; é um cuidar que ganha em se perder.É querer estar preso por vontade; é servir a quem vence, o vencedor; é ter com quem nos mata, lealdade.Mas como causar pode seu favor nos corações humanos amizade, se tão contrário a si é o mesmo Amor? Luis de Camões

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